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A Dinastia do Robin

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Robin I – Dick Grayson

O primeiro herói a usar o uniforme de Robin foi Dick Grayson. Ele surgiu há pouco menos de um ano do Morcegão.  A presença do Menino-Prodígio nas histórias do Cruzado Embuçado alavancaram ainda mais suas vendas e iniciou uma onde de vários sideckiks (ou ajudante mirim) nos gibis.

Seu sucesso diante da garotada fez surgir diversos personagens similares nas outras editoras. A figura do sideckik possibilitava aos jovens “participarem” ainda mais das aventuras de seus heróis.

Enquanto na DC tínhamos Robin, Aqualad, Kid Flash, Ricardito e Moça-Maravilha que formaram a Turma Titã e que posteriormente transformou-se nos Novos Titãs.

Sem esquecer que o Capitão Marvel que cedeu parte de seus poderes para Freedy Freeman se transformar no Capitão Marvel Jr.

Já na Marvel o Capitão América tinha o Bucky enquanto o Tocha Humana (original) andava com o Centelha. Haviam diversos personagens que atualmente ficaram no  limbo e que são lembrados apenas para demonstrar o período em que estavam no auge.

Os ajudantes “talvez” estivessem todos agindo em suas histórias até os dias de hoje.

Só que em meados dos anos 50 o famigerado Fredrick Wertham com seu livro “A Sedução dos Inocentes” (Seduction of the Innocent) promoveu uma caça as bruxas nos quadrinhos. Os quadrinhos foram acusados de promover a delinquência juvenil e pior até supor que Bruce fosse pedófilo ao morar sozinho com Dick.

É um absurdo inexplicável, mas esses fatos repercutem até os dias atuais, pois vemos sempre alguma insinuação sobre um “possível” relacionamento entre eles.

Tais acusações entre várias outras quase terminaram com a venda dos gibis e deram no The Comics Code (um tipo de censura pra todas as histórias que fossem publicadas).

Foi um golpe baixo, rápido e certeiro na indústria dos gibis da época. Sendo que edições foram canceladas e alguns títulos tiveram que ser reformulados para não saírem totalmente do mercado (quase acabaram com a indústria definitivamente).

Porém esse período está no passado e podemos ler nossos queridos gibis sem problema algum.

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Robin II – Jason Todd

Surgiu pela primeira vez na edição Batman #357, em 1983. No início o chato do Jason também era um acrobata que teve sua família assassinada pelo Crocodilo e depois foi adotado por Bruce. Seu cabelo era loiro sendo que Dick lhe presenteou com o uniforme de passarinho (então ele resolveu pintar seu cabelo de preto pra ficar igual ao herói anterior).

Depois da Crise nas Infinitas Terras surgiu aquela versão na qual o moleque era órfão e estava tentando roubar as rodas do Batmóvel. Jay sempre demonstrou ter uma personalidade instável e Batman já havia notado isso nele, pois acolheu-o somente para lhe mostrar outro caminho.

Na clássica “Uma morte em família”, Jason descobre sobre sua verdadeira mãe indo atrás dela. Infelizmente ela estava trabalhando pro Coringa acarretando o fato que o Palhaço do Crime assassinou friamente o moleque.

Sua morte foi decretada devido a votação por telefone de vários leitores e sinceramente já tinha ido tarde, pois ele era intragável. O aspecto mais marcante dessa época foi a dor que Bruce demonstrou após a morte de Jay, pois quase virou um maníaco suicida.

Só que depois de alguns anos trouxeram, Jason do limbo durante a ótima saga Silêncio e depois em “Sob o Capuz”, Jay se tornou o segundo Capuz Vermelho, mas se fosse por mim ele continuaria morto.

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Robin III – Tim Drake

Vimos sua primeira aparição na edição Batman #436, em 1989. Além de demonstrar ser um bom detetive, pois descobriu sozinho a identidade secreta do Morcegão.  Tim é um dos melhores hackers que eu já vi e se eu não me engano este tipo de habilidade foi introduzido na personalidade do Dick na série animada, Justiça Jovem.

Outra curiosidade é que a calça do uniforme dele também foi usada por Dick no desenho do Batman dos anos 90.

A parte interessante é que Tim foi treinado pela vilã Lady Shiva que ajudou, Bruce quando ele quis retornar a ação. Quando se recuperou milagrosamente após A Queda do Morcego.

A saga Crise de Identidade foi marcante pra mim por uma série de fatores e uma delas foi a morte dramática do pai de Tim (eu não consigo esquecer aquela cena na cozinha). Depois disso, Bruce adotou o garoto, ele entrou pros Novos Titãs e atualmente, Drake usa o codinome de Robin Vermelho.

Eu prefiro sua atuação inteligente e seu jeito companheiro de ser ao lado de Bruce como Robin do que Jason Todd.

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Robin – Carrie Kelley

Carrie Kelley surgiu na famosíssima HQ Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight Returns) como uma estudante de treze anos.

A menina juntou uma grana para criar um uniforme de pássaro vermelho e começou a ajudar o herói (sempre achei estranho aquele óculos verdes enorme que ela usava).

Ela começou salvando o Morcegão idoso que levava uma surra do Líder Mutante (durante o primeiro confronto) .

Kelley foi a primeira parceira feminina juvenil do Cruzado Embuçado e no ótimo DVD retiraram a cena em que ela abraça, Bruce só pra não pegar mal.

Na infame continuação Batman: O Cavaleiro das Trevas 2 (The Dark Knight Strikes Again). Carrie está com 16 anos tornou-se uma hábil ginasta, sabe manejar diversos tipos de armas e ainda assumiu o codinome de Moça Gato (só que depois nunca mais apareceu na continuidade).

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Robin IV – Stephanie Brown

Foi criada pelo escritor Chuck Dixon, Steph é a segunda moça a erguer o manto de Robin. Stephanie é filha do vilão Mestre das Pistas, um inimigo do Morcegão (e também atuou como a vigilante Salteadora).

Quando, Tim foi impedido por seu pai de agir como Robin, Stephanie pediu ao Batman para ficar no seu lugar e ele aceitou.

Um detalhe importante é que Robin namorava Stephanie quando a moça agia como Salteadora, mas ela não sabia da identidade secreta de Tim.

Steph havia “morrido” depois de ser torturada pelo vilão Máscara Negra que desejava saber informações sobre o Homem-Morcego. Foi uma história chocante, porém depois soubemos que o corpo dela havia sido trocado (Bruce decidiu protege-la para que não fosse perseguida).

Steph herdou o manto de Batgirl de Cassandra Cain, pois ela teve que se retirar por problemas pessoais. Pra mim, Steph era muito desobediente com o Batman, mas sua passagem como Robin ficou fraca.

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Robin V – Damian Wayne

O moleque teve sua primeira suposta aparição no gibi Batman: O Filho do Demônio (1987). Nesta aventura, Talia Al Ghul engravida de Bruce, mas finge ter perdido o bebê fato que deixa nosso herói no fundo do poço.

Anos depois foi reinserido no universo do herói por Grant Morrison na história “Batman e Filho”, em 2006. Damian Wayne cresceu sendo treinado por seu avô Ra’s Al Ghul para se tornar líder da Liga dos Assassinos.

Damian desde pequeno havia sido exaustivamente treinado para se tornar um guerreiro perfeito, mas também cruel e impiedoso. Bruce levou seu filho pra casa e decidiu treiná-lo para que não se torne um homem totalmente frio.

Quando Batman foi dado como morto, Dick assumiu o manto do Homem-Morcego e Damian atuou ao seu lado como Robin.

Damian é um moleque arrogante, intrépido, atrevido, valentão e violento pra caramba, mas eu gosto dele.

Infelizmente, Damian enfrentou um clone seu envelhecido artificialmente para ficar adulto e morreu, no entanto vamos ver por quanto tempo ele ficará no limbo.

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Robin do Futuro, O Dróide-Prodígio

Essa é uma versão robótica do personagem que surgiu na saga DC Um Milhão.

Ele é o ajudante robô do Batman do século 853, herói que governa e protege o planeta-prisão Plutão.

O Robin do Futuro foi programado usando a personalidade do Batman refletindo sua inocência quando era criança. Sua criação é para lembra-lo de não ir muito longe em sua causa pela justiça.

A parte interessante é que este robô também fala piadinhas durante as lutas lembrando, Dick Grayson e até mesmo o Homem-Aranha.

Só pra constar temos a história “Batman Morre ao Amanhecer!” que foi publicada em Batman: Os Bravos e Destemidos # 7. Esta aventura tem roteiro de Sholly Fisch e arte de Rick Burchett.

O misterioso Vingador Fantasma convoca todos os 6 Robins pra missão de salvar a vida  de Bruce. Eles precisam deixar suas diferenças de lado, entrar no covil de Ra’s Al Ghul e colocar o Morcegão no Poço de Lázaro pra restaurar sua vida.

A parte interessante é que havia um plano B preparado pela Madame Xanadu que era uma equipe formada somente por Batgirls de diferentes linhas temporais.

Entre as quais estavam Bárbara Gordon, Betty Kane, Stephane Brown e Cassandra Cain. Batman Morre ao Amanhecer é uma história curta, mas não deixa de ser bem pensada e inteligente.

Lembro que há uma aventura clássica intitulada “Robin Morrerá ao Amanhecer” com arte de Sheldon Moldoff e roteiro de Bill Finger lá nos anos 60.

A história é recheada de pura ficção científica mostrando a Dupla Dinâmica sendo transportada para um distante planeta alienígena. Pra se ter uma noção, Batman é quase devorado por plantas carnívoras e depois precisa correr de um enorme ídolo de pedra (ele estava sem seu cinto de utilidades).

O ídolo de pedra joga um enorme pedregulho que acerta Robin matando o Menino-Prodígio, mas tudo não passava de uma alucinação causada por uma máquina experimental da Nasa.

Quando Batman acorda fica tendo alucinações no mundo real e a parte mais estranha é que há uma gangue Gorila aterrorizando Gotham (e ainda temos a presença do batcão Ace).

A aventura é bastante fraquinha, mas serve apenas pra ilustrar que esse negócio de morte do Robin não é algo que começou lá nos anos 80.

E pra realmente fechar, Bruce Wayne também se vestiu de Robin duas vezes. A primeira foi na década de 50 quando usou o traje para aprender noções do trabalho de detetive com o famoso Harvey Harris. Esta versão foi apagada da continuidade no Cavaleiro das Trevas, pois deste momento em diante Bruce age como Batman somente adulto.

A segunda versão foi no gibi Superman & Batman: Gerações. Isso aconteceu quando, Bruce estava usando seus conhecimentos de detetive e encontrou com o Superboy (Clark Kent) numa aventura em Gotham City.

Clark e Lois Lane estavam na cidade participando de um concurso de textos jornalísticos e pra variar, Lois foi sequestrada por Lex Luthor. Ambos os heróis vestiram seus uniformes e partiram pra salva-la. A parte interessante é que foi a jovem, Lois quem batizou o moleque de pássaro vermelho.

Superman & Batman: Gerações é uma história incrível que demonstra toda a evolução do Homem de Aço e do Cruzado Embuçado mostrando detalhes minuciosos desde suas origens até um futuro muito, muito distante.

É uma leitura repleta de aventura e também indispensável pra qualquer fã de quadrinhos.

Até o próximo texto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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